Saúde
Vital Jacket: Tecnologia portuguesa cria camisola capaz de fazer electrocardiogramas
04.07.2009 - 10h26
A realização de electrocardiogramas já é tão fácil como vestir uma camisola, através de uma tecnologia portuguesa que junta componentes electrónicos a tecido, num produto que vai ser apresentado segunda-feira em Vila Nova de Gaia.
O Vital Jacket é uma camisola que tem incorporado um dispositivo electrónico e vários sensores que captam os sinais vitais da pessoa que a veste e pode monitorizar o ritmo cardíaco no momento ou ao longo de várias semanas, explicou à Lusa um dos responsáveis da empresa portuguesa Biodevices, Luís Meireles.
Feito para ser lavável mesmo com os componentes electrónicos e praticamente indistinguível de uma camisola normal, o tecido do Vital Jacket é fabricado pela Petratex, uma empresa de Paços de Ferreira que ficou conhecida mundialmente por fabricar os fatos utilizados pelo nadador olímpico norte-americano Michael Phelps.
Luís Meireles destaca o papel que o Vital Jacket pode ter no futuro na telemedicina, agora que o produto, ensaiado desde o fim do ano passado, terminou os ensaios clínicos. E espera conseguir "protocolos com vários hospitais". O Vital Jacket ainda não tem a certificação clínica que permitirá a sua utilização como dispositivo médico.
Vestindo aquela camisola, um paciente tem os seus sinais vitais controlados "enquanto trabalha ou faz desporto".
Os sinais são captados através de eléctrodos espalhados pela estrutura da camisola e podem ser transmitidos em tempo real através da tecnologia Bluetooth - comum nos telemóveis - ou armazenados num pequeno cartão de memória colocado no bolso, que permite fazer o retrato da actividade cardíaca do paciente ao longo de vários dias.
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, vai estar, segunda-feira, na apresentação dos resultados dos ensaios clínicos, que decorreram no Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Durante os testes, um dos pacientes descobriu que sofria de uma doença cardíaca que requer o uso de um "pacemaker", adianta ainda a Lusa.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1390259
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